Fãs chineses e japoneses voam para Seul atrás de cirurgias plásticas, que possam deixá-los com queixos afinados, parecidos com ídolos do K-Pop, estilo musical coreano. Difícil imaginar o Brasil recebendo latinos que queiram se parecer com artistas sertanejos ou do funk, isso se dá pelo fato da música brasileira ser a mais isolada do mundo, mas um estilo nosso tem chamado a atenção do mundo: a música eletrônica brasileira ou brasilian bass.
A pegada brasileira conquistou o mundo e hoje é um dos estilos mais tocados nos clubes e festivais afora. O brazilian bass é conhecido por usar uma batida deep house com infusão de techno com beat de deep house com mixagem de techno e bass house, juntos. Os tempos variam tipicamente de 120 a 126 bpm e hoje em dia é bastante tocado na Coreia, chegando até nossa heroína, a DJ Siro que você conhecerá adiante.
Quando ela tinha 15 anos cansou-se de estudar e foi para um clube de jovens na Coréia e lá se apaixonou pela música eletrônica, dali em diante prometeu para si mesmo que iria se tornar DJ quando se tornasse adulta.
“Comecei a tocar em um clube em Busan, onde fica minha cidade natal, e depois comecei a estudar produção musical ao mesmo tempo. Em 2020 meu objetivo era tocar em um clube em Seul, capital da Coreia e lançar uma música. Meu objetivo felizmente foi alcançado e acabei tocando em alguns clubes chineses também como o Club Onetird em Pequim, D.C em Chengdu, Club Deep em Xi’an, Club H.lix em Hangzhou…”
Como é a música eletrônica e as festas na Coréia?
“Os clubes na Coréia geralmente fecham de manhã ou não fecham, às vezes ficam abertos por 2-3 dias, os coreanos gostam muito de dançar e ficam no clube até quando o sol está no meio do céu.
Mas, infelizmente, está muito difícil desenvolver a cultura de festas no momento devido ao COVID-19, estamos ansiosos pelo retorno.”
Como você conheceu o brazilian bass e a Brazility Records?
“Quando eu era muito jovem, o samba brasileiro era muito popular na Coréia. Minha mãe tocava o samba e meu pai tocava violão em casa, eu estava destinado a gostar do Brasil.
Já na fase adulta, me apaixonei pelo gênero chamado G-House e procurei por músicas parecidas. Foi assim que pude experimentar o brazilian bass e o som da Brazility, e de cara me apaixonei.
Todos os dias eu ouvia brazilian bass, escrevia músicas e tocava em clubes. Agora, o brazilian bass está ganhando popularidade nos clubes coreanos. Assim como o samba favorito da minha mãe.”
O que te inspirou a produzir “Listen To Your Heart”, e quais são suas metas para 2022?
“Listen to your heart é uma música com múltiplos significados. Foi uma época em que todos, inclusive eu, lutavam e se desesperavam, expressa o medo de um futuro incerto e o poder de superá-lo. Espero que a esperança e a coragem sejam entregues àqueles que ouvem “Listen to your heart””.
Meu objetivo no futuro é ir mais longe no mundo. Quero apresentar a cultura coreana ao mundo e quero apresentar a boa cultura do mundo aos coreanos.”
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